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segunda-feira, 18 de maio de 2009

O e´mail da Ely Paschoalick

Cara Gisele

Em primeiro lugar quero parabenizá-la por ser mãe de gêmeas, sou avó de gêmeos de 2 anos e sei da alegria e responsabilidade que é educar gêmeos. Como afirmou meu neto de 6 anos no dia em que eles chegaram em casa: “Vó, tá assim oh! (juntando os dedos ao polegar opositor) de nenêsssss na cama da mamãe!”
Em segundo quero agradecer a confiança de me escrever e externar a alegria que senti ao saber que meus artigos são lidos por você. Espero poder contribuir para o crescimento e desenvolvimento de suas filhas.
O fato delas estarem em uma mesma classe é muito positivo pois elas vieram de uma mesma barriga, moram em uma mesma casa e convivem com a mesma família. Algumas linhas educacionais são contra e acreditam que separando os gêmeos estarão contribuindo para a formação da individualidade e da personalidade de cada um. Não compartilho com este pensamento e minha experiência educacional demonstra que os gêmeos desenvolvem um espírito de parceria, cumplicidade que é sempre benéfico estudar na mesma sala durante o Ensino Fundamental e Médio. Suas meninas aprenderão a respeitar os fazeres, o ritmo, e as habilidades de cada uma e servirão de apoio para o crescimento uma da outra.
Meu parecer é que você tenha duas atitudes diferentes: Uma em ralação a suas filhas e outra em relação à Escola.
Em relação a suas filhas explique-lhes a importância de ficarem silenciosas para auxiliar os coleguinhas mais lentos que necessitam de maior tempo para realizar as atividades. Faça-as compreender que se eles não terminaram ainda é porque necessitam de mais silêncio para pensar e que por respeito a eles, elas devem se distrair lendo um livrinho ou relendo as atividades já realizadas no caderno, até que eles terminem e a professora passe novos exercícios.
Também com suas filhas você pode, com o uso de um cronômetro, concientizá-las da imensa capacidade que elas têm de permanecerem caladas. Comece desafiando-as a ficarem sem falar e sem rir por 30 segundos e aos poucos vá aumentando a quantidade de tempo, sempre reforçando que elas são capazes tanto de falar e se comunicar como de calar-se e permanecer em silêncio.
Outro treinamento importante para que o “não falar agora” não seja gerador de ansiedade é ler histórias para elas e quando elas forem emitir algum comentário, pedir (com as mãos) que se calem e aguardem até o final do trecho para fazerem os comentários ou perguntas. Conforme a ansiedade delas mantenha sua mão no ar, como quem diz: espera...espera... e continue lendo mais um pouco. (Se a ansiedade por parte delas for muita, leia só um pouco e já autorize os comentários. Com o passar do treinamento elas vão aprendendo a aguardar mais tempo para participação oral).
Não se esqueça de contar a suas filhas a importância que é também ouvir. Saber ouvir até o final o que o outro tem a falar é fundamental para o sucesso. Conte a elas o significado daquele ditado popular: “Falar é prata, calar é ouro”.
Outro fator importante em relação a suas filhas é não desautorizar os professores ou a escola frente à Gabriela e Rafaela. Diga-lhes sempre que vai perguntar à professora se elas estão conseguindo diminuir a conversa e que você espera que elas sempre estejam dispostas a ter bom comportamento e a serem colaboradoras com o bom comportamento da classe.
Agora, em relação à Escola, realmente você foi no âmago da questão: Tudo indica que está faltando habilidade da professora em transformar os alunos, que sabem mais, em auxiliares das aulas e colaboradores com os que ainda estão aprendendo.
Peça uma reunião individual com a professora e coloque sua disposição em estar trabalhando para que Gabi e Rafa falem menos durante as aulas e expresse também a insatisfação das crianças em relação ao terminar depressa as tarefas e não terem outra atividade a fazer enquanto esperam seus coleguinhas. Não se esqueça de expor o sentimento delas em se sentirem preteridas em relação aos demais, principalmente no tocante a serem rotuladas de tagarelas e atrapalhadoras das aulas.
Expresse sua preocupação de tal rótulo ser inserido na personalidade de suas filhas e no lugar delas sentirem que suas capacidades de comunicação são uma grande qualidade que pode vir a fazer a diferença em suas vidas profissionais - transformando-as em formadoras de opinião - passem a sentir que a capacidade de comunicação faz parte dos defeitos que elas possuem.
Informe esta professora que existem sistemas de oferecer exercícios de reforço avançado em fichas ou papéis xerocados e que ela pode utilizar este sistema entregando tais exercícios aos alunos que terminaram as atividades, principalmente as passadas no quadro negro.
Por último quero dizer que você não deve se limitar a apenas uma reunião individual, como você mesma afirma estar presente sempre na escola, marque uma segunda reunião logo no final da primeira, afirmando: __Então, vou retornar aqui na próxima semana para você me dizer mais o que eu posso fazer pelas minhas filhas e como elas estão progredindo. E já agende a próxima reunião, faça isto umas três vezes, monitorando assim um mês todinho.
Com certeza haverá mudanças em relação à atitude que esta professora está tendo com suas filhas.
Termino colocando-me a disposição para maiores esclarecimentos e gostaria muito de compartilhar com você a evolução deste caso.
Com carinhoEly Paschoalick


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