Será que sou exigente demais?

Sabe...Eu venho de uma família muito carente e não tive as oportunidades que hoje graças a meu bom Deus consigo dar às minhas filhas, mas observo desde sempre que elas não dão o valor que deveriam.

Na minha concepção a dedicação à escola aos estudo é fundamental. Mudamos de Estado ano passado e senti que isto as afetou e terminei sendo mais complacente, mas em 2011 deveria ser diferente.

Elas querem fazer as tarefas correndo e sem capricho, nas primeiras provas deste ano não foram tão bem, dentro da média, mas abaixo das minhas expectativas. Fizemos um acordo que elas se esforçariam na segunda rodada de provas, acompanhei, perguntei, criei novas alternativas para a matemática por exemplo e as matriculei no Kumon.

Quando o boletim chegou ontem fiquei uma fera, as notas na maioria das matérias estava abaixo da 1ª rodada de provas...principalmente da Gabriela.

A Gabi é muito inteligente, mas as vezes ela viaja em um mundo só dela e perde a concentração...Conversei com elas novamente e decidimos que estão de castigo até fechar o próximo bimestre.

Tirei TV, computador, andar de bicicletar, brincar com tintas e comer chocolate, estão são as coisas que elas mais gostam,não necessariamente nesta ordem.

Depois que tomei esta decisão, me perguntei, será que realmente é castigo? afinal tirar a TV do ponto de vista da educação é mais um presente do que um castigo né?O conteúdo da maioria dos canais é podre ou pobre!

Bem estamos assim, e já avisei também que quem está de castigo são elas e não eu e o pai, pois em outros castigos nós também terminavámos sendo afetados, o que não faz sentido algum.

Como pais nós aprendemos a cada dia como tratar situações tão distinta,fico me perguntando, se vale à pena tanto investimento financeiro na educação das meninas. Se o melhor não seria colocá-las em uma escola pública com uma melhor avaliação. E com o decorrer do tempo que elas naturalmente passem a dar valor às coisas que de fato importam.

No meu caso aprender seja o que for é a melhor coisa do mundo, mas eu cheguei a essa constatação por mim mesma, não adianta forçar a barra com as outras pessoas, ninguém é igual a ninguém. E isto vale também para nossos filhos.

Como pais temos tantos anseios, tantos receios!